Opinião
Os números
oficiais do Ministério da Saúde informam que estamos no limiar dos 60 mil casos
de infectados com o coronavírus e já com mais de 4 mil mortes. O próprio ministério
não esconde que esses números se referem apenas aos casos em que tanto as
causas das infecções como as dos óbitos foram constatadas por testes.
Esses
números por si só são apavorantes e mais ainda quando pensamos que eles
representam subnotificações. Diversas reportagens, inclusive reportagens em
jornais internacionais, tratam da questão das subnotificações no Brasil e quase
todos estimam que os números oficiais representam menos de um décimo dos casos.
As matérias estimam que os casos reais sejam de 11 a 15 vezes os números oficiais. Tomara que esses números
estejam errados porque, se estiverem corretos, no caso mais otimista, o Brasil
já está com mais de 600 mil casos de
contaminações e mais de 40 mil óbitos. Isso já é uma visão do inferno.
Não acho
absurdo que os números oficiais registrem apenas os casos testados e nem me
surpreende que estejam tão distantes da realidade. Afinal, não é novidade para
ninguém que vivemos num país carente de recursos. Esses números exibem a
carência de testes e de uma logística que permita acelerar a quantidade de
testados com as doses disponíveis. Será um absurdo se as autoridades estiverem
se referenciando exclusivamente por esses números.
Existem
métodos científicos para avaliações e estimativas dos números reais, mesmo que
os testes não tenham sido realizados, e existem profissionais supercapacitados
para realizar essas avaliações e estimativas. Porém, não acredito que as
figuras da trupe Bozo no Ministério da Saúde, nem o merdetta que saiu nem o
punheta que entrou, sejam capazes de dar tais diretrizes ou quaisquer outras. Essa
corja que ocupa o governo já nem
consegue se disfarçar. Já tocou um “foda-se” para a nação e ontem deram uma
demonstração disso.
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