Opinião
As
iniciativas do tipo divulgação do “manual de maldades” do Bozo são
interessantes, mas acho que geralmente são interpretadas a partir de uma
premissa equivocada. Partem da premissa que os eleitores bozominions
desconhecem esses registros e que estão sendo enganados. Isso é um equívoco.
Os
eleitores bozominions sabem quem é o Bozo, sabem sobre os seus atos e mesmo
quando não concordam integralmente eles endossam e dão apoio e sustentação ao
seu líder político. Trata-se de uma opção política ideológica pela extrema
direita e de repúdio a esquerda e suas teses.
Não há
um enfrentamento do verdadeiro contra o falso. São poucos os iludidos sobre
quem é o Bozo e as teses que ele representa. Praticamente ninguém ignora o que
o cara é. Eles, os eleitores do Bozo, defendem esse modo de ser e as teses
associadas porque acreditam e avaliam que assim será melhor para eles. Consequentemente,
o Bozo é a melhor escolha.
Por
pensar assim, acho que as tais coletâneas de “maldades” do Bozo são registros
importantes, porém, quando trabalhadas a título de revelação de um perfil
oculto, são de pouco valor e surtem pouco efeito.
Precisamos
travar um combate ideológico a partir de uma realidade prática, embora eu não
tenha receita sobre como fazer. É preciso convencer outros que um contrato
social com as cláusulas da esquerda é melhor e abre a possibilidade de ser mais
vantajoso para todos do que um contrato com as cláusulas da direita cuja única
possibilidade é a barbárie. Isso é
diferente de apontar o Bozo como o disfarce de algum vampiro que se consumirá
em chamas se for exposto à luz da verdade. (Jorge – 05/10/2022)
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Um Rio
de fascistas! Pensei nisso com os resultados eleitorais, mas em seguida fiz
autocrítica: não devo confundir a cidade com o estado. Fui conferir. Autocrítica
porra nenhuma. O carioca votou no Bozo, como a maioria dos municípios do
estado, inclusive minha terra, Saigon.
Essa
faceta fascistoide já vem se manifestando há algum tempo com as repetidas
mobilizações que ocorreram na Princesinha do Mar. Mas, sempre ficou no ar uma
contestação – é o povo da zona sul, riquinhos etc. O resultado eleitoral dirimiu
dúvidas que pudessem persistir.
Cariocas
são bonitos, bacanas, sacanas, dourados, modernos, espertos, diretos, não
gostam de dias nublados, nascem bambas, nascem craques, têm sotaque, são
alegres, atentos, tão sexys, tão claros, não gostam de sinal fechado... e
são fascistas! (Jorge – 03/10/2022)
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Amanhã
vestirei vermelho quando sair para votar. Minha camisa tem impressos os nomes
de referências políticas admiradas: Carlos, Frederico, Wladimir, Rosa e Leão.
Sairei,
não apenas por uma expectativa de vitória da esquerda no primeiro turno e que
eu gostaria muito que ocorresse, mas porque há um enfrentamento explícito de
posições políticas. Eu não tenho dúvidas sobre o meu lado e acho importante
expressar isso. Fiz assim outras vezes, amanhã também.
Vermelho
já foi cor do poder e dos poderosos, mas foi apropriado e tornou-se
historicamente a cor do movimento dos trabalhadores. Cor conquistada. Geralmente
associada à necessidade de lutas intensas por direitos e de muito sangue
derramado nessas lutas.
Quem repete
emburrecidamente que a nossa bandeira nunca será vermelha deveria buscar as
origens da cor da bandeira brasileira em vez de se idiotizar com aquele
discurso de: verde das nossas matas, amarelo do ouro, azul do céu e branco da
nossa paz e que vermelho é coisa de comunista.
O
barrete frígio vermelho, um pequeno gorro parecido com o chapeuzinho de Saci Pererê
ou dos Smurfs tem sua origem simbólica no valor Liberdade. Foi a forma de identificação
dos revolucionários na Revolução Francesa, e está presente no brasão de
diversos países e também nas bandeiras de diversos estados brasileiros,
inclusive na da cidade do Rio de Janeiro. Aliás, está presente também em nossa moeda,
que não é colorida, na cabeça da efígie que representa a República.
Então,
essa babaquice com a cor vermelho resulta da estupidez ignorante ou do medo da
liberdade e das lutas de outros para conquistá-la.
Eu não
usarei um barrete frígio vermelho para ir votar. Pareceria um Gargamel
disfarçado de vovô Smurf ou um Saci Pererê caricato. Mas, farei questão de
avermelhar-me, afinal: vermelho é a cor dos trabalhadores! (Jorge – 01/10/2022)
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O filósofo Luis Sergio C. Sampaio, já
falecido, dizia sobre o futuro do Brasil que nosso destino não seria brilhar na
categoria “Luxo”, mas na categoria “Originalidade”. É por aí. Em meio à
complexidade de fatos, de relações e de narrativas políticas, artistas fazem
uma síntese musical da podridão desse período nojento que passamos (“Hino” ao
inominável). Traduzem em uma canção tudo que vem nos engasgando e que
precisamos vomitar. Uma pessoa amiga disse que ficou com a música na cabeça por
horas. “Arte no Brasil é foda mesmo!” ela disse. De fato, esse “não sair da
cabeça” é autodefesa do organismo que quer expurgar o que não presta e nos
intoxica. Chegaremos lá! (Jorge – 18/09/2022).
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O “Hino” ao Inominável é uma peça
impressionante e emocionante. Um registro histórico trágico de tempos
imundos de um país onde a canalhice assumiu forma e chegou ao poder. Essa
figura nefasta não merece tanto, nem mesmo esse registro. O lixo da história
será o seu destino onde será largado e esquecido. Outros já foram, esse lhes
fará companhia no processo de putrefação. Ainda assim, existem aqueles que
louvam e saúdam a sua existência. Mas, o país vomitará essa droga que ainda o
intoxica. (Jorge – 18/09/2022)
https://youtu.be/OuQKqWIcF1U
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Não
boto mão no fogo assegurando inviolabilidade do voto aqui ou em qualquer lugar
do mundo, seja ele eletrônico, impresso ou oral. Ventríloquos existem. Concordo
que maior fiscalização reduz as possibilidades de fraudes. Contudo, daí a
endossar gandolas golpistas que se arvoram zeladores da integridade das
eleições vai uma distância enorme.
Oxigênio
para Manaus, vacinas para a pandemia, proteção da Amazônia, segurança pública
no Rio de Janeiro são exemplos cabais e recentes de incompetência desses
gandolas e de suas responsabilidades por expor ao ridículo instituições armadas
que comandam. Um elenco que buscam aumentar agora com essa iniciativa de
Comissão da Verdade Eleitoral. Piada grotesca se não fosse uma vergonha
trágica. (Jorge – 14/09/2022).
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Hoje,
13/09, é Dia Nacional da Cachaça. Celebramos a oficialização da fabricação e
comercio da bebida no Brasil, após uma revolta de donos de engenhos contra a
proibição dessas atividades na colônia imposta pela coroa portuguesa.
A
destilaria e consumo de bebidas alcoólicas são partes da história da
humanidade, e algumas nações assumem esses produtos entre os seus valores culturais
(uísque, rum, tequila, vodca, saquê). Infelizmente, por aqui “cachaceiro” é
termo ofensivo, e a cachaça é rejeitada preconceituosamente apesar de estar
entre os principais elementos da cultura popular.
Há
grupos que se organizam para reverter esse quadro, a Confraria de Cachaça Copo
Furado do Rio de Janeiro é um deles. Unidos beberemos, sozinhos também! É o
nosso brinde de confrades. (Jorge –
13/09/2022).
http://blogdojorsan.blogspot.com.br/2016/09/um-golpe-goncalense.html
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Parte
da galera que em 2016 e 2018 tentou criminalizar toda a esquerda política está aparvalhada.
Os que eles acusaram vêm sendo absolvidos por falta de provas; seus agentes
acusadores são agora culpados de farsa; os que elegeram como substitutos morais
dos que afastaram exibem riquezas sem comprovar origens e transacionadas por mecanismos
típicos de criminosos. Tudo apurado pela mesma estrutura jurídica que elevaram
às alturas quando atendia aos seus objetivos.
Alguns
tentam resgatar acusações da época, mas a ululante inconsistência e falsidade
lógica de suas argumentações só revelam ignorância política e flagrante burrice.
Buscam, desesperadamente, justificativas para os seus votos de ontem. A
história está oferecendo uma oportunidade de retratação. (Jorge – 11/09/2022)
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Não há
como ignorar a massa de adeptos que o Bozo ou Lula representam. Análises podem
ser feitas, razões, motivações, mas o Brasil está significativamente representado
nesses grupos que se identificam por valores comuns.
Somos
uma sociedade fraturada. Isso não ocorreu de repente, levamos 200 anos para
chegar a esse estado de exposição. E essas fraturas não serão calcificadas com tolerância,
convencimento de ideias ou superioridade eleitoral. Só a realidade das lutas
para vencer necessidades que são muitas e comuns nos permitirá alguma integridade
social. Lutar contra a exploração une os trabalhadores, as famílias, nos faz
companheiros. Esse é o caminho. (Jorge – 10/09/2022)
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Os brutos
também amam e canalhas também envelhecem. Alguns vivem mais e melhor que todos,
e à custa de vidas de muitos que sequer tiveram a oportunidade de chegar à
idade adulta.
A
velhinha, que o noticiário se empenha em mostra-la como simpática e dedicada
funcionária pública, representou o que há de mais escroto nas relações
políticas internacionais: o poder imperial capitalista. Conforme a própria primeira
ministra britânica: “ela foi a rocha sobre a qual se construiu o Reino Unido
moderno”.
Eu nem
diria que se foi tarde, porque o sistema tem suas salvaguardas. Não há vácuo na
opressão. O rei morreu! Viva o rei! De qualquer forma, foi. Menos uma! (Jorge -
09/09/2022)
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Face
ao espetáculo circense montado para o sete de setembro no Rio, os acidentes com
paraquedistas despertaram piadas e chacotas em vez de empatia e solidariedade
com os acidentados. É uma pena! Esse é o resultado de gandolas medíocres
abandonarem seus compromissos institucionais e exibirem-se como integrantes da
trupe Bozo. Seus atos ridicularizam as instituições que representam.
Carequinha,
inesquecível artista gonçalense, apesar do estigma da sua profissão - palhaço -
tratou com mais respeito e honradez a simbologia das forças armadas. Sai de
baixo! Um amigo resgatou essa lembrança para mim. (Jorge – 08/09/2022)
https://youtu.be/7NHjtP0oa1w
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Duzentos
anos após o Grito do Ipiranga, o presidente brasileiro, em palanque público e
ao lado de autoridades internacionais, dá o grito do imbroxável arrogando
esse título para si, e até puxando um coro de auto aclamação.
Fica
fácil, então, entender o escândalo da compra milionária das próteses penianas e
remédios para a disfunção sexual para as forças armadas, e tudo indica que o
priapismo presidencial está iniciando uma disputa simbólica com o insepulto
coração do ex-imperador.
A
propósito, a exposição do coração tem um título: Um coração ardoroso: vida e legado de D.
Pedro I. Já imaginou se o coração perder a disputa? (07/09/2022)
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No
sete de setembro o Bozo estará com um pau no cú. Por um lado, ele não tem sustentação política
para o proclamado golpe, por outro, se ele se mostrar tchutchuca, será
ridicularizado por aliados e oposicionistas na imagem que lhe é mais cara: a do
machista valentão.
Lá em
Saigon, uma máxima popular ensinava o seguinte: se você estiver mal em uma briga,
dê porrada em tudo e todos que estiverem em volta, transformando a briga em
confusão. Briga tem lado e responsável, tem ganhador e perdedor. Confusão é
confusão. Talvez o Bozo tenha algum assessor daquelas bandas. (06/09/2022)
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