Opinião
Esses
registros não são conclusivos nem completos. São uma tentativa de organizar
reflexões sobre possíveis ações e posicionamentos a propósito de alguns tópicos
que estão na pauta política.
Parte 1/3 - Algumas
premissas (Tempo estimado de leitura 2,5 minutos)
Em que pese
a nossa bronca com o resultado eleitoral, não seria correto torcer para que as
merdas que anunciamos aconteçam, embora
seja enorme a vontade de fazê-lo. Até porque seremos os primeiros a combatê-las
. Além do mais, 44,9% do eleitorado votou contra o governo eleito e não
mereceria ser penalizado. [1]
Sabemos
como o governo eleito se caracteriza. Aliás, o jornalista Alberto Villas fez
uma observação corretíssima “Todos os
jornais, nos quatro cantos do planeta, chamam o presidente eleito no dia 28 de
outubro, de candidato da extrema-direita. Todos. Aqui, não. ... nossos jornais
estão tratando o presidente eleito como um estadista ... Parece que nenhum
jornal se lembra mais que, um dia, o ultra-direitista homenageou, também ao
vivo e em rede nacional, o maior torturador que o país já teve. Ninguém
se lembra mais que ele disse, um dia, ser favorável a tortura, não estuprar uma
deputada porque ela não merecia, não querer um gay como vizinho e mandar um
jovem opositor no aeroporto, ir tomar no cu.” [2]
O fascismo
deve ser combatido, contudo há ações governamentais (já existem) para serem
combatidas porque elas são nocivas à nossa visão de uma organização social
inclusiva e solidária, ainda que estejam revestidas de aspectos que atendem à
ordem democrática. Esse é o caso da reforma trabalhista, em vigor desde
novembro de 2017 e aprovada com os votos do Congresso e o da reforma da
Previdência que, segundos os jornais, o governo eleito quer tramitar e aprovar
ainda esse ano. Ainda sobre a reforma da previdência, o jornal Valor Econômico
noticiou que um grupo liderado pelo ex-presidente do Banco Central, Armínio
Fraga, entregou ao presidente eleito uma proposta de reforma mais radical do
que a que está em andamento. A proposta inclui também uma sugestão de
encaminhamento de forma que ela seja aditada à que está em andamento,
apresentada pelo governo Temer, sem que haja prejuízo para os prazos. [3]
Nesse
enfrentamento, não nos identificamos exclusivamente pela negação do governo eleito. Somos bem
mais do que isso, e a nossa identificação ocorre pela afirmação dos nossos
projetos que conflitam com os projetos e práticas tanto do governo eleito como
do atual (Temer). Explicitamos os principais eixos que afirmam os nossos
posicionamentos e, buscamos permanentemente avaliar com clareza a conjuntura na
qual estamos envolvidos. Assim, estabeleceremos formas eficazes e realizáveis
de participação política que se caracteriza , naturalmente, como uma oposição
ao projeto vencedor na eleição presidencial.
Referências
[1]
Resultado eleitoral TSE 2º turno: Eleitorado:
147.306.294 – Comparecimento: 115.933.451 (78,7%)
Votos válidos: 104.838.753 - Brancos: 2,14% -
Nulos: 7,43%
Bolsonaro: 57.797.847 (55,13%) – Haddad:
47.040.906 (44,87%)
Disponível em Site TSE <http://divulga.tse.jus.br/oficial/index.html>
- Acessado em 04/11/2018
[2]
A Vida é Bela – Texto de Alberto Villas
(blog) - Disponível em <http://albertovillas.com.br/2018/11/01/a-vida-e-bela-2/>
Acessado em 04/11/2018
[3]
Grupo propõe reforma mais radical para
Previdência – Jornal Valor Econômico - 01/11/2018
Disponível em <https://www.valor.com.br/brasil/5963291/grupo-propoe-reforma-mais-radical-para-previdencia>
Acessado em 04/11/2018
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