Opinião
Rui Barbosa
gravou seu nome na história política brasileira, mas sua popularização decorreu principalmente da sua atuação na 2ª
Conferência Internacional da Paz na cidade de Haia (Holanda) em 1907. Sem
ufanismos e longe de qualquer juízo ou endosso da história política do baixinho
baiano, ninguém negará a importância e o significado da sua participação na tal
conferência onde representou nosso país.
Ao tratar sobre
a formação de uma Corte Permanente de Justiça Arbitral que seria responsável
pela resolução de controvérsias internacionais, e a qual estariam submetidos todos os Estados
soberanos, Rui subiu nas tamancas e criou polêmica contrapondo-se à proposta de
uma corte formada majoritariamente pelas grandes potencias de época. A
qualidade da sua intervenção repercutiu internacionalmente e a consistência de
seus argumentos custou-lhe antipatias e críticas na reunião. Críticas
principalmente devidas ao topete do baixinho folgado que em vez de se por “em
seu lugar” ousava questionar os mandatários do mundo de então. Sua argumentação
foi de tal valor que os caras optaram por um “cala boca” convidando o Brasil para
ocupar um assento permanente na corte que queriam formar. O convite foi
rejeitado pelo Barão do Rio Branco, então ministro das Relações Exteriores. Rio
Branco argumentou que aceitar o convite seria negar a tese do delegado brasileiro, e
endossou o discurso do baixinho: o governo brasileiro não subscreveria nenhum
projeto que ofendesse a igualdade entre os Estados.
Esses fatos
estão registrados na historiografia nacional e internacional através das mais
diversas referências para quem se interessar por detalhes.
Seja com a tradicional
imagem romântica e heroica dos livros escolares, ou com uma realística imagem crítica e não ufanista de Rui Barbosa, com
ou sem distorções nos relatos, os brasileiros estarão à vontade, sem risco de
constrangimentos para lembrar, comentar, citar ou até celebrar, se for o
caso, os valores defendidos por seu
representante naquele importante fórum internacional. A valorização da autoestima, do amor-próprio, da
altivez, da dignidade e do orgulho da sociedade brasileira sempre esteve subjacente aos
relatos históricos das intervenções de Rui Barbosa em Haia.
Infelizmente,
o mesmo não se poderá dizer do papel ordinário, submisso, vil, rasteiro e
bajulador do ministro da economia da trupe Bozo, na semana passada, 15 ou
16/05/2019, na cidade de Dallas (EUA). O filtro da mídia tradicional fez passar
apenas o conteúdo das posições do ministro que, afinal, não são uma novidade: entregar
para o capital privado tudo que os trabalhadores brasileiros construíram a
custa de muito suor e luta.
Porém, a
mídia alternativa e as funcionalidades tecnológicas atuais permitem que os
brasileiros vejam e qualifiquem o papel de quem os representou. A vassalagem
foi tão expressiva e deprimente que passa a impressão inicial de uma publicação
falsificada. Quem dera fosse, mas não tem edição nem montagens. Está aí pra
quem quiser ver e julgar (link abaixo). Os
que imaginavam que ser caricato e burlesco era atributo exclusivo do capitão
Bozo, assistam ao ministro que o representa.
Infelizmente,
ainda não temos como visualizar a intervenção de Rui que lhe consignou o
apelido de Águia de Haia. Quem sabe um dia, com recursos da tecnologia seja
possível criar uma representação virtual da sua intervenção. Independentemente
disso, ficará o registro desse carcará fedorento e vergonhoso que, em Dallas, anunciou aos seus pares de rapina a entrega
da riqueza nacional como num banquete de carniceiros.
Definitivamente
esse projeto não nos interessa. Não se trata de trocar o presidente. Fora
todos!
Vídeo copiado da
web - sem autorização - Site Focus.jor
Disponível em (https://www.focus.jor.br/video-guedes-e-a-intencao-de-vender-o-banco-do-brasil-e-a-petrobras/)
Acessado em 25/05/2019
Vamos
construir a Greve Geral em 14 de junho de 2019
Bom demais, Jorge.
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