sexta-feira, 24 de maio de 2019

Aperitivos da luta – Saideira


Opinião

Vamos mudar essa realidade louca e triste que estamos vivendo. Vamos chocalhar a árvore das estruturas políticas. Vamos para as ruas  exigir dos governos – qualquer que seja a sua natureza – a nossa participação através de Conselhos Populares, de plebiscitos  e, especialmente, da participação direta de trabalhadores na gestão das organizações e instituições.

O medo e a insegurança fazem a população tender para as alternativas da direita política. Não ignoramos isso, mas a população não é suicida. A sociedade brasileira percebe a necessidade de transformações, sente na carne.

É natural que a população em seu conjunto reflita as mesmas dúvidas, conflitos e contradições que habitam nossas individualidades. O jeito de superar isso é botando o bloco na rua. Passeatas e greves não representam desordem nem anarquia, são manifestações públicas de vontade da população e dos trabalhadores em geral.  Um modo direto e alternativo de ação política. Único modo de intervir nas decisões dos representantes formais da sociedade, mas que sem essa intervenção – na prática e por razões diversas - acabam representando os interesses  de grupos privados. O resto é aguinha de batata, conversa fiada, blá... blá...blá de whatsapp que não muda nada.

Educação, Reforma da Previdência, Privatização, Discriminações, o trabalhador fica feito cego no meio de tiroteio. Vê grupos esparsos, aqui e ali, chamando-o para a participação e denunciando suas causas. Ao mesmo tempo, ele tem hora certa para pegar no batente ou para chegar  em casa, descansar sair cedo no dia seguinte. Isso quando não tem outro compromisso de segunda jornada. Passa direto pelas manifestações. Enfim, estamos enrolados num conjunto de pautas específicas, identitárias ou locais que acabam virando armadilhas. Claro que elas precisam ser tratadas, mas devem ser  incluídas numa perspectiva de alteração da estrutura política. Não fazer isso é aceitar uma pauta imposta por outros.

Esse cenário de “cada um pra si” é bom para a direita porque despolitiza o tratamento das questões. Daí a importância de uma forte e vigorosa Greve Geral que aponte contra a reforma da previdência, mas que também unifique as lutas. Vamos viabilizar  essa greve tendo em mente que ela será uma etapa de outras muitas mobilizações que trabalharemos para acontecer.

Vamos construir a Greve Geral em 14 de junho de 2019

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