Opinião
Vamos mudar
essa realidade louca e triste que estamos vivendo. Vamos chocalhar a árvore das estruturas
políticas. Vamos para as ruas exigir dos
governos – qualquer que seja a sua natureza – a nossa participação através de
Conselhos Populares, de plebiscitos e, especialmente,
da participação direta de trabalhadores na gestão das organizações e
instituições.
O medo e a
insegurança fazem a população tender para as alternativas da direita política.
Não ignoramos isso, mas a população não é suicida. A sociedade brasileira
percebe a necessidade de transformações, sente na carne.
É natural
que a população em seu conjunto reflita as mesmas dúvidas, conflitos e
contradições que habitam nossas individualidades. O jeito de superar isso é
botando o bloco na rua. Passeatas e greves não representam desordem nem
anarquia, são manifestações públicas de vontade da população e dos
trabalhadores em geral. Um modo direto e
alternativo de ação política. Único modo de intervir nas decisões dos
representantes formais da sociedade, mas que sem essa intervenção – na prática
e por razões diversas - acabam representando os interesses de grupos privados. O resto é aguinha de
batata, conversa fiada, blá... blá...blá de whatsapp que não muda nada.
Educação,
Reforma da Previdência, Privatização, Discriminações, o trabalhador fica feito
cego no meio de tiroteio. Vê grupos esparsos, aqui e ali, chamando-o para a
participação e denunciando suas causas. Ao mesmo tempo, ele tem hora certa para
pegar no batente ou para chegar em casa,
descansar sair cedo no dia seguinte. Isso quando não tem outro compromisso de
segunda jornada. Passa direto pelas manifestações. Enfim, estamos enrolados num
conjunto de pautas específicas, identitárias ou locais que acabam virando armadilhas.
Claro que elas precisam ser tratadas, mas devem ser incluídas numa perspectiva de alteração da
estrutura política. Não fazer isso é aceitar uma pauta imposta por outros.
Esse cenário
de “cada um pra si” é bom para a direita porque despolitiza o tratamento das
questões. Daí a importância de uma forte e vigorosa Greve Geral que aponte
contra a reforma da previdência, mas que também unifique as lutas. Vamos viabilizar essa greve tendo em mente que ela será uma etapa
de outras muitas mobilizações que trabalharemos para acontecer.
Vamos
construir a Greve Geral em 14 de junho de 2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário