sábado, 30 de março de 2013

Cachaça e cachaçólogos

Leituras para distrair



Volta e meia recebo  cópias de um texto descrevendo o que teria sido a origem da cachaça ou da pinga. O texto fala da condensação de vapores que pingavam nas costas dos escravos que trabalhavam nos engenhos e blá, blá, blá, uma história que se junta às demais lendas da internet. Entretanto,  valorizo a consideração de colegas que se lembram de mim e até dedicam tempo no repasse da informação, perguntam se eu já conhecia etc.

São gestos de consideração que agradeço e, com esse entendimento, tento retribuir enviando os registros de uma discussão (nada cordial) ocorrida a partir de um artigo sobre a Cachaça publicado pela Revista de História da Biblioteca Nacional.

Um leitor do artigo, o jornalista Marcelo Câmara, contestou e questionou alguns pontos do mesmo e enviou carta à revista. Três meses após o envio da carta a revista publicou o que seria uma reprodução parcial da carta junto com uma réplica dos autores do artigo: Luciano Figueiredo e Marcelo Scarrone.

Entendendo que a réplica continha tentava  desqualificá-lo frente ao status de “historiadores” dos autores do artigo, o jornalista Marcelo Câmara encaminhou uma tréplica que não foi publicada pela revista.

O assunto não é recente, data de 2008. E os textos eu copiei do site Amigos da Cachaça cujo acesso eu recomendo. O último texto inclui uma “abertura” que também foi copiada do site.

O site faz (ou fez) uma defesa dos posicionamentos do jornalista Marcelo Câmara que é um estudioso do assunto, um cachaçólogo, que eu já conhecia por artigos e livros. Uma particularidade deste jornalista é a sua opinião sobre as cachaças fabricadas em Paraty, no Rio de Janeiro, bem como a sua preferência pela pinga Coqueiro, aliás, uma preferência que compartilho.

De qualquer forma,  ganharam os demais leitores que já tiveram ou que vierem a ter a oportunidade de ler os textos – uma saudável distração que eu recomendo aos que apreciam a “marvada” seja em seus aspectos culturais ou organolépticos. 


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