Opinião
A natureza não
está dando mole para a humanidade. Mas, não se pode dizer que fomos pegos de
surpresa. As possibilidades de uma pandemia como a que estamos passando já
foram apontadas por especialistas. Há vídeos sobre o assunto na web com premonições
tão acertadas que até superam fantasias e ficções.
Diferentemente
do tsunami no Japão, em 2011, quando a
natureza se manifestou com uma fúria incontrolável, sem dar qualquer chance de reação,
nesse caso do coronavírus a humanidade teve e tem chances de reagir à
adversidade natural. Os mecanismos de enfrentamentos além de serem possíveis e
realizáveis, estiveram e estão condicionados quase exclusivamente à decisões
políticas, ou seja, à escolhas sobre o modelo de organização social que os
grupos humanos preferem adotar.
Ainda
assim, mesmo que as melhores escolhas não tenham sido feitas, temos a
oportunidade de mitigar os efeitos da pandemia e de corrigir aquelas opções.
Isso significa, na prática, distribuir uma acumulação indecente de riqueza e recursos
e significa, também, assumir práticas solidárias, estabelecendo para os tempos futuros um acordo
social que se contraponha ao modelo atual. Um modelo que se mostra frágil e incompetente
nesses tempos de necessidades globais, tempos de crise. Então, temos escolhas.
Busquem nas
agências de notícias internacionais. Não é preciso recorrer aos jornais de
esquerda e sites socialistas. Busquem nas agências tradicionais e vejam a situação
dos EUA e a zona total que está rolando por lá. Sem um sistema de saúde pública
sob o controle e coordenação estatal, as autoridades americanas não conseguem
sequer confirmar a quantidade de infectados cujas estimativas já ultrapassam 100.000
mil.
O governador
do estado e, particularmente, o prefeito da cidade de Nova Iorque não saem da
televisão. Ambos estão com um pau no cú tentando explicar o que vão fazer diante de uma situação que exige em
uma estrutura pública de saúde, mas que está montada em bases exclusivamente
privadas, o serviço de saúde mais caro do mundo.
Há o relato
da BBC News de um sujeito que retornou da China e temendo estar contagiado foi
a uma sala de emergências em Miami. Lá foi diagnosticado com resfriado comum e teve
prescrições médicas. Duas semanas depois recebeu notificação que devia mais de
3 mil dólares ao hospital. Aí o sujeito adoeceu de fato!
Caricaturas
a parte, certamente os EUA encontrarão suas saídas. Afinal, trata-se de uma
sociedade rica, uma riqueza acumulada a custa de guerras e da exploração de
outros países, diga-se de passagem. Assim, eles já estão comprando médicos e
enfermeiros. O Departamento de Estado americano está oferecendo visto e
contratação para os profissionais de saúde tratarem da pandemia coronavírus.
Vejam cópia de matéria da revista Época, de hoje:
“ ... A notícia provocou o temor de que os EUA
estejam tentando tirar médicos de países que já estão sofrendo com a pandemia
do coronavírus e poderiam ficar sem mão de obra qualificada em um momento de
extrema necessidade..”
Avaliando esse cenário é pertinente
perguntar: e em nosso pobre Brasil, que escolhas faremos?
Estamos como uma nau de insensatos.
Um sequelado na direção do país e uma corja que o cerca tentando levar-nos para
um caminho cujo único destino é a barbárie. Para esses filhos das putas a
sociedade brasileira não passa de ratos
e crianças, e assim como o flautista de Hamelin querem guiar-nos para o suicídio ou aprisionamento.
É mais do que hora da galera que
elegeu esse pulha repensar suas escolhas. É preciso e possível mudar. A
natureza e a história estão nos dando essa chance.
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