domingo, 20 de dezembro de 2020

Eleição Câmara dos Deputados

 Opinião

Um grupo de partidos identificados como “esquerda” deliberou compor com Rodrigo Maia (DEM) e aderir à candidatura de quem vier a ser o seu preposto para a presidência da Câmara dos Deputados.

 A justificativa é recorrente: “qualquer coisa menos o Bozo”. O partido PSOL ainda não aderiu e anunciará a sua decisão na segunda-feira próxima, 21/12/2020.

 Trata-se de uma adesão escrota que só permite caracterizar como farinha de mesmo saco essas figuras e grupos ainda identificados como esquerda.

 Esses chamados partidos de esquerda, em vez de estabelecerem um marco de referência política através de uma candidatura própria, optaram por se embolar com a direita, tudo junto e misturado, e assinaram um documento onde  “justificam” sua posição. Destaco alguns trechos da carta:

 “razão principal ... nos  tornamos (a Câmara dos Deputados) a fortaleza da democracia no Brasil; o território da liberdade; exemplo de respeito e empatia com milhões de cidadãos brasileiros.”

 “Este grupo que hoje se apresenta ... nos fortalecemos nas divergências, no respeito, na civilidade e nas regras do jogo democrático.”

 “Esta é a eleição entre ser livre ou subserviente"

 “A Câmara vai escolher se  ...  e será livre para defender e aprofundar a nossa democracia, preservando nosso compromisso com o desenvolvimento do país.

 Pasmem! Os chamados partidos de esquerda, avacalhados no golpe que iniciou em 2016 e que ainda não terminou,  estão se referindo à Câmara dos Deputados.

 “As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco.”

 Esse último destaque não é da carta assinada pelos partidos. Foi assim que Orwell concluiu a redação do seu best seller internacional “Animal Farm” (A fazenda dos bichos). Qualquer semelhança NÃO  será coincidência.     ####

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