Opinião
Um grupo de
partidos identificados como “esquerda” deliberou compor com Rodrigo Maia (DEM)
e aderir à candidatura de quem vier a ser o seu preposto para a presidência da Câmara
dos Deputados.
A
justificativa é recorrente: “qualquer coisa menos o Bozo”. O partido PSOL ainda
não aderiu e anunciará a sua decisão na segunda-feira próxima, 21/12/2020.
Trata-se de
uma adesão escrota que só permite caracterizar como farinha de mesmo saco essas
figuras e grupos ainda identificados como esquerda.
Esses chamados
partidos de esquerda, em vez de estabelecerem um marco de referência política
através de uma candidatura própria, optaram por se embolar com a direita, tudo
junto e misturado, e assinaram um documento onde “justificam” sua posição. Destaco alguns
trechos da carta:
“razão
principal ... nos tornamos (a Câmara dos
Deputados) a fortaleza da democracia no Brasil; o território da
liberdade; exemplo de respeito e empatia com milhões de cidadãos brasileiros.”
“Este
grupo que hoje se apresenta ... nos fortalecemos nas divergências, no respeito,
na civilidade e nas regras do jogo democrático.”
“Esta é a
eleição entre ser livre ou subserviente"
“A Câmara
vai escolher se ... e será livre para defender e aprofundar a
nossa democracia, preservando nosso compromisso com o desenvolvimento do
país.
Pasmem! Os chamados
partidos de esquerda, avacalhados no golpe que iniciou em 2016 e que ainda não
terminou, estão se referindo à Câmara dos
Deputados.
“As
criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco
e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir
quem era homem, quem era porco.”
Esse último
destaque não é da carta assinada pelos partidos. Foi assim que Orwell concluiu
a redação do seu best seller internacional “Animal Farm” (A fazenda dos bichos).
Qualquer semelhança NÃO será coincidência. ####
Nenhum comentário:
Postar um comentário