Opinião
Quem soltou
pum vai nascer cabelo na palma da mão ou ela ficará amarela!
Quem não
conhece essa brincadeira no Brasil? Ela é praticada com as crianças, e quando
isso feito, numa reação imediata, a
criança que emitiu o pum sempre olha a palma da mão num gesto involuntário,
confessando a culpa e autoria da flatulência diante da potencial ameaça.
Para quem
até agora não entendeu, foi isso que aconteceu com o filho do capitão Bozo. Era
o tal do Queiroz, seu motorista, quem
estava na berlinda. O sujeito tinha uma movimentação financeira estranha que
foi identificada pelo órgão do ministério da fazenda (Coaf) e comunicada ao ministério
público que passou a investigar. Seria um processo de rotina não fossem os
personagens envolvidos e as relações entre eles. Mas, o filho do capitão levou
um susto e correu para o STF pedindo que fosse suspensa a investigação que
certamente o envolveria. Assim, o que era, até então, uma suspeição, um
indício, uma possibilidade, se transformou em uma declaração explícita de
culpa.
A
investigação do ministério público funcionou como uma advertência: quem peidou ficará com a palma das mãos amarelas ou nela nascerão
cabelos! Como uma criança que sabe que é culpada e que não resiste olhar
para as mãos, o peidorreiro de fato e recém-eleito senador assustou-se e olhou suas
mãos. Correu para o STF alegando suas duvidosas prerrogativas para interromper
as investigações, ou seja, assumiu que peidou.
O resto
está nos jornais. As prerrogativas sequer existem, as provas, as evidências
estão todas já divulgadas e o sistema judiciário brasileiro é o que se sabe. Ninguém
mais tem dúvidas. O fato é indiscutível. Todo mundo sabe nome, sobrenome e cargo do peidorreiro. Parte
interessante dessa história é que uma porção de eleitores do capitão Bozo
também está olhando as mãos com medo de estarem amarelas ou nascendo cabelos. ##
Muito bom!
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