quinta-feira, 18 de junho de 2020

Dia de nada, véspera de nada


Opinião


Hoje até poderia ser um dia de notícias alegres, se não fossem trágicas. Finalmente entrou em cana o criminoso foragido que parece ser peça chave numa das tantas engrenagens que fazem mover a corrupção de agentes públicos. Nesse caso, também  das associações desses agentes com as milícias. Gangs de policiais que praticam todos os tipos imagináveis de crimes, entre eles: extorsões e assassinatos.

O trágico é que o criminoso preso tem história, abrigo e ninho na família do presidente da República com quem sempre teve relações sociais diretas, além de outras relações, que estão sob investigações policiais, com os seus filhos e esposa. Trágico ainda é perceber que a figura, que parecia estar guardada e protegida até hoje,  foi desentocada por ações policiais que estão fora do âmbito da intervenção presidencial e, coincidentemente, próximas diretamente ou indiretamente do mando de ação de seus recentes desafetos governadores do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Também deveria ser recebida com alegria a demissão, na tarde de hoje, do fulano que trouxe prejuízos enormes para o país orquestrando o desmonte do nosso já combalido sistema educacional. Finalmente foi demitido. Possivelmente a contragosto do seu chefe, mas certamente por sua incomensurável mediocridade e incompetente arrogância. Ganhou um emprego onde talvez possa praticar sua estupidez à custa do dinheiro público, mas felizmente foi embora. Xô!!

Trágico, nesse caso, é imaginar que essa figura nefasta ainda assim ocupou durante tanto tempo o cargo que deveria ser um dos mais importantes do país, o de ministro da Educação e, tão trágico, ainda, é saber que para substituí-lo acenam com figura de mesma qualidade e valores.

Já nem me surpreendo tanto. Achei que aquela ministra da goiabeira era um marco que estabelecia a fronteira da mediocridade.Que não seria possível algo pior do que aquilo. Um tolinho eu fui. Recentemente, sei lá de onde, conseguiram sacar e fazer reviver a viúva Porcina que, mais uma vez, não mais em ficção, mas na vida real, foi sem nunca ter sido. Sabe-se lá, então, o que virá agora para o Ministério da Educação.

O poço de mediocridades onde esse governo se abastece parece não ter fundo. Felizmente, enorme também é a lixeira de história. Hoje ela está recebendo mais esse enxurro cujo nome em poucos dias será esquecido. Pode ser até que seja lembrado mais à frente,  se tiver que responder por alguns dos crimes que cometeu, porém seu destino é a irrelevância e o esquecimento. Vade retro!

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