Opinião
As notícias
recentes sobre as armações do juiz de primeiro piso com o moço do powerpoint
provocam um abalo na estrutura do governo. Contudo, não tenho expectativa de
qualquer alteração nos posicionamentos e valores políticos daquela enorme
galera que se mobilizou no dia 26 de maio para gritar apoios ao capitão Bozo e
ao que ele representa. Simbolizadas pela expressão de um ódio incontido e doentio ao PT, foram
manifestações dos mais diversos tipos de preconceitos e discriminações sociais,
além de reacionárias a qualquer proposta mais progressista de organização
social.
Também não
tenho expectativa que o sistema político responsável por impulsionar com
sucesso, até aqui, as manifestações da direita, esteja assistindo de braços
cruzados as mobilizações para uma Greve Geral com potencial para ser vitoriosa.
Especialmente quando ao mesmo tempo surgem revelações que favorecem um ambiente
de mobilização crítica ao governo que esse sistema controla.
Há muito em
jogo. A situação política no Brasil é peça importante de uma disputa internacional de interesses, assim
como as manifestações de caráter fascistas que vivenciamos também não são
estranhas ao cenário internacional. A moçada que hoje está com a brocha na mão,
vendo desmoronar sobre os seus pés de barro os ídolos para quem empunharam
cartazes de apoio, não quer saber de reflexões políticas e revisão de seus
valores. Ela quer outros suportes, outras justificativas para seus comportamentos
reacionários. Quer argumentos para se adornar de verde e amarelo e saír
novamente gritando por morte aos que consideram indigentes sociais.
Justificativas e argumentos que serão fornecidos pelos mesmos esquemas que
funcionaram até aqui para agitar essas
mobilizações. Esquemas que, ao que tudo indica, permanece intocável.
Com essa
visão, é fundamental trabalharmos para o
sucesso da Greve Geral. A próxima e outras que precisam vir. Isso significa
falar sobre ela em todos os espaços e oportunidade. A nossa tarefa imediata é
criar um ambiente que imponha um refluxo nas manifestações públicas da direita.
Levar o fascista assumido ou aspirante a um constrangimento que o faça se
recolher, a sentir vergonha dos seus valores e calar por conta disso.
Esse projeto não nos interessa. Não se trata de trocar
o presidente. Fora todos!
Vamos à Greve
Geral em 14 de junho de 2019
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